domingo, 7 de janeiro de 2018

Por um ano melhor...

Preparem-se os corajosos porque o texto é grande...

Há quem ache que, ultimamente, é o meu trauma que fala sempre mais alto. Há quem ache que o que se viveu durante o último ano da minha vida ninguém vai esquecer. E eu acredito. Eu sei que já falei nisto e eu sei que já disse o quanto 2017 foi mau, o quanto desejo que mais nenhum aniversário meu coincida com uma tragédia... Mas também sei que não farei, nunca mais, 20 anos. E o dia em que se assinalaram as duas décadas da minha vida ficará para sempre marcado. Peço desculpa se não consigo mudar de assunto, mas ele voltou agora à tona, só porque sim...
Estava a ver alguns textos antigos do meu blogue e apareceu-me o texto "Um resumo dos últimos tempos", lembro-me como estava quando o escrevi, sabem? Estava feliz! A minha ansiedade andava longe, a vida estava a correr bem, no geral. Estava a correr tudo tão lindamente que nem tinha "motor" para a minha escrita - o sofrimento, a dor. E senti uma ironia tão dolorosa no ar, no universo, ao ver este texto, agora, sabendo o que aconteceu, passado um mês de ele ter sido publicado. Eu não quero explicar o que ocorreu, outra vez... Uns sabem, não se falava noutra coisa, outros viveram (até bem mais que eu), a outros passou-lhes ao lado, talvez felizmente. Quem me segue sabe que só tive coragem de falar feitos dois meses, mas a verdade é que nunca mais fui a mesma, acreditem ou não. Quando assistimos a tamanha catástrofe, quando vemos o local onde crescemos a ficar destruído e, depois, a ser constantemente noticiado pelos motivos mais tristes, deixamos de ser os mesmos, e não quero que entendam, porque para entender verdadeiramente precisavam de o ter vivido, e não desejo a ninguém que veja tanto negro à sua volta.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Aos recomeços

Eu gostava de ti, mas gosto mais de mim.
Gosto de como, afinal, consigo viver sem a tua presença, sem falar contigo. Antes, não sabia que isso era possível...
Gosto de não depender emocionalmente de alguém que nunca me fez acreditar em mim mesma. Eu era escrava da minha obsessão por ti, sabes? Aposto que soubeste o tempo todo, não te julgo.
Gosto de não ter de te contar que ontem, ou no outro dia, saí com alguém mais interessante do que esperava e me diverti. Porque eu sei que mereço muito mais que a solidão que carrego, tantas e tantas vezes.
Gosto de sentir que eu posso ser tudo o que queria ser e que isso só me é possível desta forma, longe de ti, das nossas conversas fiadas, dos teus poucos motivos e vontades. Se calhar, eu só queria ser livre, porque sou, e não entendia isso.
Gosto de saber que estou sozinha mas que, no final de contas, posso estar com quem quiser, quando quiser, ou na minha própria e única companhia, apenas. Afinal fizeste-me aprender a viver com os meus altos e turbulentos pensamentos. Obrigada por isso.
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